sexta-feira, 3 de maio de 2013

Viaduto estaiado com estrutura mista


Mobilidade urbana

Método de empurramento viabiliza construção de obra de arte que ligará Aeroporto Internacional Afonso Pena ao centro de Curitiba


Por Vinicius Milhan Hipólito

Divulgação CR Almeida e J Malucelli
O viaduto estaiado Francisco H. dos Santos está sendo construído sobre a Avenida Comendador Franco - também chamada de Avenida das Torres - em Curitiba. O projeto foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e o órgão responsável pela execução é a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP). O empreendimento faz parte do programa de mobilidade urbana para as obras da Copa do Mundo de 2014 e está sendo gerenciado pelo consórcio formado pelas empresas CR Almeida e J Malucelli.
Com 225 m de extensão, 23,6 m de largura e mastro de 75 m de altura, o projeto faz parte do eixo que liga o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, ao Centro da cidade-sede, Curitiba. O propósito do viaduto é facilitar a acessibilidade e a interligação entre esses pontos, além de melhorar o fluxo entre os bairros beneficiados. Antes, o cruzamento em nível causava constantes transtornos ao tráfego, principalmente em horários de pico.
Divulgação CR Almeida e J Malucelli
Perspectiva do viaduto estaiado Francisco H. dos Santos, em Curitiba
O empreendimento contempla, ainda, a construção de uma trincheira e suas alças de acesso, a reforma e a ampliação de 800 m da Avenida Comendador Franco, a recuperação de 1.300 m da mesma avenida e 850 m de vias de acesso.
A estrutura mista é formada por quase 13.000 m³ de concreto armado e 2.100 t de aço patinável, protegido com as seguintes camadas: jateamento em metal quase branco, pintura primer com zinco, pintura epóxi e acabamento em tinta fluororati, tipo lumiflon. Possui duas faixas de rolamento e um passeio para cada sentido de tráfego. O tabuleiro, em aço, será suspenso por 21 estais conectados ao mastro, também metálico. Sob a estrutura, na avenida, restará um vão livre de 129 m, o que possibilitará a utilização desse espaço para vários possíveis projetos que venham a ser executados no futuro.
O mastro, que é inclinado na direção longitudinal do viaduto, é apoiado sobre um pilar de concreto em forma de diamante, com mais de 14 m de largura no ponto mais alto. A fundação que suporta essa estrutura é composta por 18 estacas escavadas com 2 m de diâmetro, com 35 m de profundidade. O bloco de fundação sobre essas estacas também é fora do convencional: possui mais de 3 mil m³ de concreto, com dimensões de 14 m por 34 m em planta e 7 m de profundidade. Para ser escavado, foi necessário construir um sistema de contenção com estacas hélice justapostas ao redor de três laterais, escoradas entre si por duas linhas de perfis metálicos. 

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